quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos países na atualidade. A pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não desenvolvidos.
Essa desigualdade acontece sempre que a distribuição de renda é feita de forma diferente sendo que a maior parte fica nas mãos de poucos
É como se fosse um guarda-chuva que compreende diversos tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a desigualdade econômica – a mais conhecida – é chamada imprecisamente de desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda.
No Brasil, a desigualdade social tem sido um cartão de visita para o mundo, pois é um dos países com mais alto nível de desigualdade. Segundo dados da ONU, em 2005 o Brasil era a 8º nação mais desigual do mundo, cerca de 46,9 da renda nacional estavam nas mãos de 10% mais ricos da população. Entre os 10% mais pobres, a renda era de apenas 0,7%
A atual disposição da renda brasileira possui fatores históricos enraizados desde os tempos das capitanias hereditárias que concentravam a posse de terras, da escravidão que gerou uma massa de pessoas desassistidas  e das monoculturas que não permitiam um maior acesso ao alimento e à riqueza gerada pela terra.
Até 1930, a economia no Brasil era voltada para a produção agrária, que coexistia com o esquema agro-exportado, sendo o Brasil um exportador de matéria-prima.
Na década de 30, vieram as indústrias. As indústrias criaram condições para a acumulação capitalista, que era evidente pelo papel estado na interferência da economia ,onde o governo passou a criar condições para a industrialização, e também pela implantação de indústrias, voltadas a produção de máquinas, equipamentos, etc...
A política econômica não se voltava para a criação, mas pelo desenvolvimento de setores de produção, que economizaram mão-de-obra. O resultado disso foi o desemprego . Somado ainda a má qualificação que dificulta ainda hoje a entrada no mundo profissional.
Segundo  Karl Marx  a miséria é utilizada como um instrumento pelas classes dominantes. Acreditava também que a desigualdade é causada pela divisão de classes, dentre aqueles que tem os meios de produção(burguesia) e aqueles que contam apenas com sua força de trabalho para garantir sua sobrevivência(proletário)
Conforme Karl Marx, o socialismo seria uma forma de fazer uma luta contra as desigualdades.Conforme Karl Marx, o socialismo apenas estaria em um país por meio de uma revolução proletária e que seria a fase de transição do capitalismo para o comunismo[6], onde o comunismo que seria uma sociedade sem classes sociais em que as riquezas seriam divididas ao povo e que todos iriam contribuir com a sua força de trabalho
A desigualdade social tem causado  uma previdência enfraquecida que não consegue sustentar os aposentados dignamente; permite a existência de  um mercado de trabalho e uma educação elitizada, onde poucos jovens de menor renda conseguem adquirir uma melhor formação escolar e profissional; e , dentre as piores consequências, propicia  a ocorrência da violência urbana. O crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vida e muitos deles não conseguem oportunidades e acabam se tornando marginais ou desocupados, às vezes não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas. Outro fator que agrava essa situação é a violência que cresce a cada dia.

Podemos perceber que o ódio que faz com que uma pessoa se torne violenta sempre tem razões anteriores. Na maioria das vezes que vemos depoimentos de pessoas envolvidas com violência, as mesmas tiveram na infância situações onde o pai era ausente ou se presente espancava a mãe, a miséria fazia com que os pais vendessem drogas por um prato de comida, pais entregavam filhos para adoção ou até mesmo abandonavam os filhos ao invés de tentar reverter à situação. Alguns casos, as pessoas hoje violentas foram vítimas de abuso sexual quando mais jovens e essa série de situações trazem uma ira e desejo de vingança não só dos mal-feitores, mas também das autoridades que sabem de todos esses possíveis acontecimentos e não tomam posição.

Hoje traficantes têm tomado o poder de algumas grandes cidades brasileiras e prejudicado cidadãos de bem com o intuito de atingir as autoridades. A cada dia que passa pessoas são mortas, espancadas e abusadas para que alguém excluído do mundo mostre que alguma coisa ele sabe fazer, mesmo que isso seja ruim.

O fato é que, as autoridades são as principais causadoras desse processo de desigualdade que causa exclusão e que gera violência. É preciso que pessoas de alto escalão projetem uma vida mais digna e com oportunidades de conhecimento para pessoas com baixa renda para que possam trabalhar e ter o sustento do lar entre outros.

O principal desafio é promover o direito ao cidadão  viver dignamente, tendo real participação da renda de seu país através da educação e de oportunidade no mercado de trabalho e, em situações emergenciais, receber do governos benefícios sociais complementares até  a estabilização de seu nível social e meios próprio de sustento.




          “Metade da humanidade não come e a outra metade não dorme com medo da que não come”.
                                                                                                                                       Josué de Castro